Acerca do lírico amor obscuro
de mim o tempo acúleo cogitava
a morte inclinada em contrição
na geometria mais invisível ele
o rosto oxidado na cegueira fincada
a cítara dos acesos sexos lascados
os clarões do crime nas máscaras
bebendo a luz dos prodígios em bocas
líquidas sementes do cordeiro de deus
sangram os espinhos da ácida língua.
Não há lugares profusos nos alfabetos
a paisagem dos acasos - nos corações
transbordam vertiginosas superfícies
as tecedeiras sobre o linho respirando
inversas – o âmago do mistério da voz.
- Um dia alguém terá nos dentes lágrimas vivas.
7.10.2010
A visita do amor que não virá, por João Rasteiro
Publicada por as abóboras mecânicas à(s) 05:54
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
0 comentários:
Enviar um comentário