(só para ajavardar)
Quando me deixo entregar à tristeza, deixo-me ir tão completamente que me perco nela, que sinto as minhas entranhas a revoltarem-se contra mim, tamanha a minha idiotice por deixar que as coisas fiquem assim.
Deixo-me invadir por ideias grotescas, sinto verdadeiramente o impulso de trespassar o meu ventre, de ter os seus conteúdos quentes, ainda a pulsar com tudo o que vivo nesse momento, a espalharem-se sobre um chão sujo; vejo-me dilacerar o meu tórax, de cima a baixo, afasto as costelas num movimento brusco e, ainda no mesmo impulso cinético, arranco do meu peito todos esses elementos pastosos e viscosos.
Quero contemplar o brilho profundamente vermelho da minha dor, da nossa dor.
A pressão que me enche é tal que não consigo deixar de ver este cenário como um alívio, como o fim de tudo o que me impede de dormir à noite.
Ao menos dormia...
Quando me deixo entregar à tristeza, deixo-me ir tão completamente que me perco nela, que sinto as minhas entranhas a revoltarem-se contra mim, tamanha a minha idiotice por deixar que as coisas fiquem assim.
Deixo-me invadir por ideias grotescas, sinto verdadeiramente o impulso de trespassar o meu ventre, de ter os seus conteúdos quentes, ainda a pulsar com tudo o que vivo nesse momento, a espalharem-se sobre um chão sujo; vejo-me dilacerar o meu tórax, de cima a baixo, afasto as costelas num movimento brusco e, ainda no mesmo impulso cinético, arranco do meu peito todos esses elementos pastosos e viscosos.
Quero contemplar o brilho profundamente vermelho da minha dor, da nossa dor.
A pressão que me enche é tal que não consigo deixar de ver este cenário como um alívio, como o fim de tudo o que me impede de dormir à noite.
Ao menos dormia...
1 comentários:
Texto da abóbora Ana Cardoso.
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